Família de Josiene Azevedo de Carvalho comparece em peso para depoimentos de testemunhas de acusação

17/07/2008 - 16:56:00

Terminaram, às 16h40 desta quarta-feira (16), os depoimentos das testemunhas de acusação no processo contra o bombeiro militar, Antônio Glauber Evaristo Melo que, no dia 26 de junho, assassinou a ex-namorada Josiene Azevedo de Carvalho. Após o homicídio, o bombeiro se entregou à polícia, na 3ª DP, ainda com o corpo da vítima dentro do carro.

A audiência foi realizada no Tribunal do Júri de Brasília e presidida pelo juiz Francisco Marques Batista. Apesar da informação da 3ªCPMind de que o bombeiro estaria sob escolta a caminho do Tribunal, o mesmo não compareceu ao local da audiência, prevista para começar às 14h. Às 15h20, após anuência do advogado de defesa Norberto Soares Neto, o juiz passou a ouvir as testemunhas de acusação arroladas pelo MPDFT.

Vários familiares estavam presentes, entre eles o Deputado Federal Augusto Carvalho, tio de Josiene. Quase todos trajavam preto em sinal de protesto e de luto. De acordo com o deputado, “a família tem que ficar em cima para cobrar justiça, senão logo o caso cai no esquecimento e, com as leis brasileiras, o réu em dois anos vai estar solto por aí.”

Foram ouvidas quatro testemunhas: o irmão da vítima, duas amigas e o padrasto. Todos foram unânimes em dizer que o relacionamento do casal era bastante conturbado e que por inúmeras vezes Josiene tentou por fim à relação. No entanto, o réu não aceitava a separação. Fazia ameaças de suicídio, de assassinato e algumas vezes chegou a procurar familiares da vítima para que intercedessem na reconciliação.

Em depoimento, o irmão de Josiene afirmou que Antônio Glauber costumava andar armado e por várias vezes presenciou ele falar: “sempre ando com meu amigo” (e apontava o revólver). Numa das brigas do casal, o réu tentou forçar a porta do apartamento da ex e o irmão teve que ligar para o celular do bombeiro para que ele fosse embora. Questionado pelo promotor Andrelino Santos Silva se a família tinha notícia de algum problema mental do réu, o irmão afirmou que nunca souberam da existência de nenhum distúrbio ou internação nesses anos de convivência.

Uma das amigas, testemunha no caso, afirmou que no sábado anterior ao assassinato encontrou Antônio Glauber no Café Cancun acompanhado por outra. De acordo com ela, o bombeiro aparentava ter superado o término da relação.

Porém, segundo a denúncia do MP, no dia 26 de junho por volta da 1h da madrugada, após levar à vítima para jantar, o bombeiro, inconformado ante a negativa de Josiene em retomar a relação, pegou a arma que portava e desferiu um tiro fatal na cabeça da ex-namorada.

Foram marcados para o dia 28/7, às 16h, os depoimentos das três testemunhas arroladas pela defesa. Agência do TJDFT


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